É um museu militar inserido no quartel dos fuzileiros de Vale do Zebro que se situa, mais precisamente, numa antiga fábrica de biscoito recuperada. Para além da exposição de objectos ligados à vida militar, possui uma pequena sala com manequins com fardas de todos os fuzileiros do mundo (USA, França, Holanda, Inglaterra). Existe também uma outra sala onde é visível um monumento emblemático com os nomes dos fuzileiros que morreram no Ultramar.
Gerido directamente pela coroa, o Complexo Real de Vale de Zebro era constituído por 27 fornos de cozer biscoito, armazéns de trigo, cais de embarque e um moinho de maré de 8 moendas - o moinho D'el Rei, o maior da região -, além de vastas áreas de pinhal circundante.
A sua instalação deve remontar ao reinado de D. Afonso V, e era comparável a um outro existente em Lisboa, os Fornos da Porta da Cruz. Em conjunto constituíam as duas unidades régias que asseguravam o fabrico de todo o biscoito necessário aos empreendimentos marítimos da expansão e dos descobrimentos.
Ao nível local o Complexo de Vale de Zebro influenciou positivamente Palhais contribuindo para o seu desenvolvimento, atraindo uma elite de funcionários da coroa como Almoxarifes, Feitores, Escrivães, Mestres do Biscoito, Biscouteiros, etc.
Por outro lado, estas actividades exigiam grandes quantitativos de mão-de-obra. Nesse contexto, a Coroa recorreu à importação de escravos, empregues quer no Complexo Real, quer como escravos domésticos nas casas senhoriais. Em 1553 a quantidade de escravos era tal, que existia na Igreja de Nª Sª da Graça uma «Confraria do Rosário dos Homens Pretos».
Com o Terramoto de 1755, Vale de Zebro ficou praticamente destruído e todo o Complexo foi reedificado. São do período pombalino a fachada principal e as Galerias de fornos no interior.
A Escola de Fuzileiros Navais, ali instalada desde 1961, consagrou uma parte do edifício ao Museu do Fuzileiro, onde hoje em dia apresenta uma colecção de objectos sobre a História e a evolução dos Fuzileiros em Portugal.
Palhais é uma Freguesia Portuguesa que pertence ao concelho do Barreiro, tem cerca 7,41 km² de área e 1.224 habitantes. Já fez parte do extinto conselho de Lavradio entre 1670 e 1836 de seguida pertenceu ao extinto concelho de Alhos Vedros entre 1836 e 1855. Em Palhais sente-se a riqueza da história portuguesa em cada recanto das ruas, nos costumes, na forte identidade de um povo ligado à terra, ao rio, aos primeiros passos dos Descobrimentos Marítimos e na alma de cada habitante.
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Este Blogue tem com o objectivo informar a população Portuguesa sobre a freguesia de Palhais, e criar um projecto que possa ajudar a desenvolver esta região.
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